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Mostrando postagens de setembro, 2019

Jackie Brown (1997) – Não confie neste filme

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O terceiro longa-metragem escrito e dirigido por Quentin Tarantino, Jackie Brown , será exibido no Auditório Ovelha do Centro de Convivência da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A sessão faz parte da Mostra TarantinaMente, organizada pelo Cineclube Rogério Sganzerla. O evento é aberto ao público e ocorrerá na próxima terça-feria, 1, às 19h. Pam Grier e Samuel L. Jackson interpretam, respectivamente, Jackie Brown e Ordell Robbie. (Imagem: Reprodução) Lançado em 1997, Jackie Brown  é considerado por parte do público o filme mais incomum de Tarantino – pelo menos, até a estreia de  Era uma Vez em... Hollywood . Quem sabe o distanciamento de algumas pessoas transcorra do fato de ser a única obra realizada pelo cineasta a partir de um roteiro adaptado. Aliás, quando surge o letreiro " written and directed by Quentin Tarantino "   nos créditos finais, um " for the screen " (para a tela, em português) é acrescentado antes do nome dele para indicar que

Atrás do jornalismo cultural, com Paulo Arenhart

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“O jornalismo cultural está morto. Mas isto não significa que não possa ressuscitar”, afirmou o jornalista Paulo Arenhart, em resposta a perguntas encaminhadas por e-mail. Ex-secretário de Cultura e Comunicação Social de Santa Catarina, Paulo é o primeiro convidado do projeto Atrás do jornalismo cultural , o qual pretende a partir das percepções de profissionais da área refletir acerca carência de coberturas culturais nos veículos de comunicação. Paulo Arenhart. (Foto: Arquivo pessoal) Graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Arenhart atuou ainda em outras instituições públicas, como Fundação Catarinense de Cultura, Secretaria de Comunicação Social do Município de Florianópolis e Assembleia Legislativa de Santa Catarina – na qual se aposentou por tempo de serviço, após 38 anos de contribuição. No setor privado, trabalhou no Grupo SCC e também no Jornal Notícias do Dia. Ao longo de sete anos, editou a Revista Cartaz – Cultura e Arte, impresso que circulava nas

Era uma Vez em... Hollywood (2019) – Como os filmes acontecem

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O lançamento do mais novo filme de Quentin Tarantino tem provocado inquietação no público, não apenas por se tratar do nono longa-metragem escrito e dirigido pelo cineasta (que afirmou querer encerrar a carreira no décimo), mas também pela provável encenação de uma tragédia verídica.  Era uma Vez em... Hollywood , o qual se encaminha para a terceira semana em cartaz nos cinemas da Grande Florianópolis, parte da premissa de abordar o sinistro assassinato de Sharon Tate – atriz estadunidense morta por uma seita em 1969, quando estava grávida de nove meses. Muitos colegas apontaram para o admirável cuidado do diretor em revisitar esse mórbido acontecimento. Os melhores argumentos, aliás, relacionam a ternura de Tarantino com a natureza possibilitadora do dispositivo cinematográfico. O que há por trás dessas reações? Num primeiro momento, a resposta aparece na maneira como o cineasta trabalha o filme em cima da expectativa do público com relação ao iminente desfecho trágico. Brad Pit

Atrás do jornalismo cultural

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O Falando Cinema foi criado com o intuito de suprir uma carência dos veículos de comunicação mais populares de Florianópolis. A falta de suplementos sobre jornalismo cultural nesses periódicos motivou o surgimento de um blogue que atendesse a demanda, mais especificamente por meio da cobertura do circuito cinematográfico e cinéfilo da ilha de Santa Catarina. Tendo em vista a existência do problema que deu origem ao nosso espaço, publicaremos uma série de entrevistas com profissionais da área para refletirmos a respeito da questão. Este texto marca o início do projeto, intitulado Atrás do jornalismo cultural . Quadro do filme Jejum de Amor , de Howard Hawks. (Créditos: Claridge Pictures/Photofest) A ausência de jornalismo cultural nos veículos de comunicação não é um problema exclusivo de Santa Catarina, infelizmente é um caso presente em parte da imprensa brasileira – por mais irônico que seja empregar o termo "presente" nessa sentença. Para o jornalista Marcelo Bortol

A Noite Americana (1973) – Auto-exposição e emotividade

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O longa-metragem A Noite Americana (1973), de François Truffaut, apresenta um comentário auto-expositivo acerca do fazer cinema. A obra será exibida no Cineclube da Fundação Cultural Badesc, em Florianópolis, nesta quinta-feira (5). O escritor Willian Schütz mediará a sessão, a qual faz parte da mostra intitulada "o filme que eu gostaria de ter feito", prevista para começar às 19h. (Imagem: Reprodução) A trama do longa-metragem gira em torno da produção de um filme chamado "Apresentando Pamela", mais especificamente, a narrativa acompanha as interações dos profissionais envolvidos nessa produção. O personagem central do enredo é o diretor Ferrand (interpretado pelo próprio Truffaut), o qual está tentando terminar o filme enquanto lida com os mais diversos impasses técnicos e pessoais, ocasionados por colegas das mais diferentes personalidades. Existem incontáveis exemplos de obras que abordam os bastidores do cinema. Para ficarmos com um exemplo lançado apr