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Mostrando postagens de outubro, 2019

Os Mortos Não Morrem (2019) – Somos todos zumbis

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O mais novo filme do cineasta Jim Jarmusch, um dos mais autênticos realizadores do cinema estadunidense, será exibido nesta terça-feira (29) no Auditório Ovelha do Centro de Convivência da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A sessão do longa-metragem Os Mortos Não Morrem faz parte da mostra DéJarmusch, organizada pelo Cineclube Rogério Sganzerla, a qual pretende projetar nas próximas terças de novembro outras obras do diretor. O evento, aberto ao público, começa às 19h. Bill Murray e Adam Driver interpretam, respectivamente, Cliff e Ronald. (Imagem: Reprodução) A premissa de Os Mortos Não Morrem é simples: zumbis saem das tumbas e são atraídos pelas coisas que faziam quando eram vivos. Antes disso, nos primeiros minutos, conhecemos a pequena cidade de Centerville e o diversificado leque de personagens (interpretados por estrelas como Tilda Swinton, Steve Buscemi e Selena Gomez) que vivem nesse lugar pacato. Por meio de uma investigação conduzida pelos policiais Clif

Atrás do jornalismo cultural, com Andrey Lehnemann

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Quando eu perguntei para Andrey Lehnemann se ainda há possibilidade de surgirem espaços dedicados ao jornalismo cultural na imprensa ele balançou a cabeça, antes de responder enfaticamente que não. O jornalista e crítico de cinema é o terceiro convidado desta série de entrevistas , a qual pretende consultar profissionais da área para refletir acerca da carência de coberturas culturais nos veículos de comunicação. A conversa que resultou neste texto ocorreu na última segunda-feira (14), no ARBOR Café, em Florianópolis. Andrey Lehnemann ministrando oficina de análise fílmica em novembro de 2017. (Foto: Facebook) Andrey foi o último que escreveu sobre cinema em uma coluna do Diário Catarinense, maior periódico de Santa Catarina. O trabalho desempenhado pelo crítico ao longo de sete anos chegou ao fim em setembro de 2017, quando o Grupo NSC – proprietário do jornal – decidiu cortar o caderno de cultura da publicação. Formando em jornalismo no ano de 2012, Lehnemann conciliou o exe

O Segredo do Bosque dos Sonhos (1972) – Violência e opressão

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O Cineclube Ó Lhó Lhó está promovendo uma mostra dedicado ao giallo , gênero cinematográfico italiano de horror. As sessões serão realizadas no decorrer deste mês, toda sexta-feira, às 18h, no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) em Florianópolis. Nesta semana, dia 18, será projetado o longa-metragem O Segredo do Bosque dos Sonhos , de Lucio Fulci. Lançado em 1972, o filme utiliza da violência gráfica para tratar das opressões de um determinado corpo social. (Imagem: Reprodução) A trama se passa em uma pequena comunidade rural na Sicília, lugar habitado por famílias conservadoras e crianças travessas, apesar de serem doutrinadas pelo jovem padre da igreja local. Acontece que uma onda de assassinatos de crianças espalha pânico na população, que por sua vez fica revoltada com os crimes e decide fazer justiça com as próprias mãos. O fanatismo religioso dos cristãos da aldeia transformam uma praticante de magia da região (Maciara, interpretada pela atriz brasileira Florinda Bo

Atrás do jornalismo cultural, com Emerson Gasperin

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O jornalista Emerson Gasperin, segundo convidado da série de entrevistas Atrás do jornalismo cultural , lamenta o fato dos veículos de comunicação preservarem o horóscopo e cortarem a cultura. E le atendeu o Falando Cinema no último dia 2 de setembro, em um bar da sempre movimentada Travessa Ratcliff, no Centro de Florianópolis. A conversa enveredou tanto pelas consequências de parte da imprensa menosprezar as coberturas culturais, quanto pela falta de interesse do público no assunto. Emerson foi a última pessoa a assinar uma coluna fixa de música no jornal Diário Catarinense, intitulada Contracapa, a qual era publicada toda terça-feira. Graduado em jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) no ano de 1993, ele também trabalhou como repórter de cultura no periódico O Estado de S. Paulo e na revista Bizz, chegando a ser editor dessa última. Além disso, escreveu dois livros ( Reggae – Para Saber Mais e Almanaque do Futebol Catarinense ), ambos encomendados pela Edito