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Mostrando postagens de novembro, 2023

The Flame and the Arrow (1950) | A graça de Burt Lancaster, por Jacques Tourneur

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Quem diria que a minha redescoberta do cinema de Jacques Tourneur passaria pelo sorriso deste Burt Lancaster num estado de graça fairbanksiano. Eu tive de atravessar o cenário colorido, idílico e traiçoeiro de Canyon Passage (1946), ser atravessado pelas belezas e horrores da natureza humana de Cat People (1942), cruzar fronteiras com o personagem de Robert Mitchum em Out of the Past (1947) e, por fim, pôr abaixo todas as barreiras entre ciência e religião, ceticismo e crença, passado e futuro para estar presente junto ao pastor de Joel McCrea em Stars in My Crown (1950).  Parece-me que só depois dessa jornada é que eu pude encontrar o elo ao qual todos esses filmes são ligados. Por trás da tenacidade das personagens e das persistentes configurações dos mais diversos gêneros cinematográficos, quem sabe ao seu contragosto, eu finalmente enxergo Tourneur. Jacques Lourcelles destacou que o encanto do cinema de Tourneur, digamos assim, se dá na medida em que ele apaga por completo a sua

#10 Canal Falando Cinema

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Crítica de Homem-Aranha: Através do Aranhaverso (2023). Teria a animação conseguido corresponder à expectativa criada depois do primeiro filme? Inscreva-se no canal e siga os nossos perfis nas redes sociais: lnk.bio/FalandoCinema .  

Tourneur, entre o terror e o admirável

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Como expressar a beleza dos filmes de Jacques Tourneur para aqueles que ainda não experimentaram o poder encantador deles? São filmes discretos, que nos falam com um tom confidencial. No entanto, eles mantêm um brilho hipnótico muito tempo depois que suas reviravoltas desaparecem de nossas memórias. Talvez porque a ambição secreta do contador de histórias fosse imensa: nos pegar pela mão e nos conduzir até o limiar do além-mundo. Nos limites do indizível. O que ele esperava de sua arte: nada menos do que sugerir o invisível. Nascido e falecido na França, alimentado pela cultura francesa, Tourneur fez a maior parte de sua carreira nos Estados Unidos. Mas sua obra é muito fascinada pelo desconhecido e pela ambiguidade para não transbordar as duas culturas. Ela desafia a tradição cartesiana: o real é muito complexo para ser apreendido e, mais ainda, explicado racionalmente. E ela ignora o moralismo anglo-saxão: a avaliação moral dos atos é tão aleatória que desencoraja qualquer maniqueísm

#9 Canal Falando Cinema

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  Crítica do filme O Assassino (2023), lançamento disponível na Netflix que marca o retorno de David Fincher ao domínio dos thrillers. Inscreva-se no canal e siga os nossos perfis nas redes sociais:  lnk.bio/FalandoCinema .

No que toca I Walked With a Zombie (1943) e Tabu (1931)

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A continuidade da depuração estética empreendida por Tourneur chegará ao extremo por meio das mais inexpressivas formas, mediante os mais irresolutos conflitos interiores. Na última sessão do CineClube Sganzerla, comentamos a respeito dos aspectos formais de Tabu (1931), sobretudo do nível de expressividade e maturação o qual a linguagem do cinema de Murnau havia alcançado àquela altura do campeonato. O cineasta alemão, advindo da escola expressionista, em seu canto do cisne supera quaisquer catalogações que poderíamos arriscar acerca da sua arte para entregar a obra fatalista definitiva. Encerrada a discussão, eu fui sorteado para escolher o filme que será debatido no próximo encontro, com uma única condição: deveria ser de horror. Não demorou muito para o título saltar à minha mente: I Walked With a Zombie (1943), de Jacques Tourneur, o qual eu ainda não havia tido a oportunidade de assistir. Para além do gênero imposto, a minha escolha se deu pelo fato de ambos os longas-metragens

#8 Canal Falando Cinema

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  Crítica de Irmã Morte (2023), do mesmo diretor (Paco Plaza) de Verónica (2017). Inscreva-se no canal e siga os nossos perfis nas redes sociais: lnk.bio/FalandoCinema .

#7 Canal Falando Cinema

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  Seria Cry Macho (2021) a última dança de Clint Eastwood? Confira a thread com as reviews da minha maratona de longas-metragens protagonizados e dirigidos pelo astro. Inscreva-se no canal e siga os nossos perfis nas redes sociais: lnk.bio/FalandoCinema .

Sniper Americano (2014) | Da doença de uma nação

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Pode levar um tempo para compreendermos que se trata menos do destino, ou do nascimento, do que da doença de uma nação. Ao menos para o redator que aqui escreve foi necessário meditar para finalmente enxergar a meditação a respeito dos efeitos sobre os indivíduos e os coletivos atingidos direta e indiretamente por essa mazela. São eles: os soldados, as famílias, enfim, os tidos como inimigos. Estamos diante sobretudo de uma reflexão das sequelas no protagonista, este típico homem eastwoodiano, como tão bem descreveu Luiz Carlos de Oliveira Jr.. Eu tenho tentado rever alguns filmes nos últimos meses e, com certeza, a revisão de Sniper Americano (2014) foi a mais bem-vinda desde então. Há oito anos, quando o assisti pela primeira vez no início da minha cinefilia, estava com os olhos fechados para tanta coisa exceto o boneco cenográfico. Hoje, depois de revê-lo, ousaria dizer que é a mais complexa das quatro cinebiografias sobre estes (extra)ordinários heróis norte-americanos realizadas

#6 Canal Falando Cinema

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  Ao amadurecer e definir a protagonista da franquia, A Freira 2 (2023), de Michael Chaves, encontra boa forma. Inscreva-se no canal e siga os nossos perfis nas redes sociais:  lnk.bio/FalandoCinema .