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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

Melhores filmes do Oscar 2017

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No próximo domingo, 26, ocorre a 89ª cerimônia do Oscar. Tenho o costume de registrar as minhas apostas e preferências, neste ano, vou dividir elas com vocês. Sem dúvidas, a estatueta mais aguardada e cobiçada da noite é a de Melhor Filme. Portanto, segue as minhas considerações sobre os nove títulos que disputam o prêmio. Começando por  A Chegada , um dos meus preferidos entre os indicados, que estreou ano passado no Brasil. Amy Adams, completamente esnobada pela Academia, interpreta uma linguista convocada por militares para estabelecer comunicação com extraterrestres que chegaram na Terra. É uma ficção científica incomum que explora com delicadeza os sentimentos humanos e enaltece a virtude do herói intelectual. Embora o filme tenha poucas chances de faturar o prêmio máximo, Denis Villeneuve pode ganhar, de maneira merecida, como Melhor Diretor. Até o Último Homem  me impressionou bastante. O novo trabalho de Mel Gibson conta a história real de um médico do exército que

Nasce a Nova Hollywood

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É trabalhoso sintetizar a  Nova Hollywood , movimento cinematográfico que transformou o cinema estadunidense na década de 1970. Assim como é complicado apontar um início para ele, visto que até hoje, pesquisadores discutem quando esse movimento nasceu. No entanto, mais do que apontar um exato momento para o surgimento da   onda , precisamos entender como ela ergue-se. Pensando nisso, compreenderemos um pouco do processo que levou ao nascimento dessa revolução. No decorrer dos anos de 1960, a indústria de Hollywood passava por um período de turbulência. Eles estavam investindo em produções milionárias, como o desastroso   Cleópatra   de 1963, que não conseguiam trazer lucro aos grandes estúdios. Enquanto isso acontecia, os filmes europeus ganhavam cada vez mais popularidade nas salas de cinema estadunidenses, principalmente as realizações francesas de cineastas como François Truffaut e Jean-Luc Godard, fundadores da  Nouvelle Vague . Os estúdios não captaram que o mundo est

Crítica: Eu, Daniel Blake (2016)

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Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes 2016, Eu, Daniel Blake , é o mais novo longa-metragem do cineasta britânico Ken Loach. Mesmo sem ter conferido os trabalhos anteriores, eu conhecia a fama do diretor. Loach é notório por abordar temas sociais e apresentar uma Inglaterra miserável, muito diferente daquela que nós, sul-americanos, estamos acostumados a ver. Nesse filme, percebemos com clareza essas características.   Após sofrer um ataque cardíaco, o carpinteiro Daniel Blake (Dave Johns) é afastado do trabalho pelos médicos. Desempregado, busca os benefícios concedidos pelo governo britânico a todos que estão nessa situação. Acontece que ele não consegue ter acesso ao serviço, devido a exagerada burocracia governamental e os diversos procedimentos digitais exigidos. Certo dia, enquanto tenta resolver os problemas, Daniel conhece Katie (Hayley Squires), mãe solteira de duas crianças e recém chegada na cidade. A moça tem dificuldades financeiras e aceita aju