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Mostrando postagens de outubro, 2023

Galante e Sanguinário (1957) | Contas que passamos uma vida fazendo

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  O ano é 1957 e a Columbia Pictures , que começou a década lançando 20 faroestes antes de reduzir a produção para pouco mais de 10, entregou oito westerns neste ano. Um desses filmes recebeu o título no Brasil de Galante e Sanguinário (1957). O longa-metragem é o sexto dos nove do gênero cinematográfico em questão dirigido por Delmer Daves. Feito o preâmbulo, vamos ao que interessa. Como vimos, nesta altura do campeonato não se trata mais apenas dos conflitos basilares dos faroestes, mas também do acúmulo e da dialética deles todos. Não parece haver espaço para o essencial na medida em que é preciso confrontar a crise ocasionada – uma das primeiras enfrentadas pelos westerns no cinema – ou o estado imposto por uma espécie de sensação de esgotamento ou mesmo falência do gênero. Já é tarde demais para escoltar a diligência até a próxima parada. Os conflitos com os nativos foram resolvidos e ficaram no passado às custas de bravas mães de famílias colonizadoras, como por exemplo a mencio

#5 Canal Falando Cinema

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  Crítica do filme alemão Afire (2023), de Christian Petzold, que lança mão da comédia de erros e da metalinguagem para chamar o protagonista e, de quebra, os espectadores a vida. Inscreva-se no canal e siga os nossos perfis nas redes sociais:  lnk.bio/FalandoCinema .

Pelo fim do faroeste revisionista

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As razões que me levaram a escrever este texto foram distintas. Do início de uma apreciação acerca do protagonista de Quando os Homens são Homens (1971) a uma crítica de Galante e Sanguinário (1957), passando por discussões com colegas acerca do western , uma questão insistia em avançar para o primeiro plano dos debates: o faroeste revisionista, termo comumente utilizado para se referir a uma safra de filmes produzidos sobretudo ao longo dos anos 1960 e 1970, os quais teriam começado a questionar as formas, os ideais e as tradições do gênero.  Os exemplares que surgiram no decorrer dessas duas décadas naturalmente absorveram de modo inconsciente ou incorporaram de maneira consciente discussões e tensões pertinentes à época. Por mais batida que seja, aqui podem lembrar da célebre frase atribuída a Éric Rohmer: “todo filme é também um documento de sua época”. Sendo assim, em tempos de contracultura, não deveríamos ficar surpresos ao vê-la espelhada, projetada ou refletida nas telas de

#4 Canal Falando Cinema

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  Em Estranha Forma de Vida (2023), Pedro Almodóvar faz do cinema faroeste palco para encenar questões recorrentes da filmografia. Inscreva-se no canal e siga os perfis do Falando Cinema nas redes sociais para não perder os próximos vídeos:  lnk.bio/FalandoCinema .

Paixão dos Fortes (1946) | Um certo tipo de forasteiro

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Dos diversos arquétipos que permeiam o cinema faroeste, talvez a figura do forasteiro seja a mais explorada. Fernando Simão Vugman vai chamá-lo de  westerner , um mediador entre a natureza e a cultura; um homem que adentra no seio da comunidade para organizá-la, ainda que esteja sempre em conflito com os códigos e as regras da civilização. Um dos melhores exemplos desse tipo é o Wyatt Earp interpretado por Henry Fonda em  Paixão dos Fortes  (1946) – outro filme de John Ford que trago à baila neste espaço. Quando o vemos pela primeira vez, manejando uma boiada aos pés do Monument Valley, Wyatt Earp encontra-se um tanto quanto empoeirado e com a barba por fazer. Ele troca algumas palavras com os Clantons, ação registrada por um plano levemente inclinado que enquadra o rosto do vaqueiro – o qual, descobriremos mais tarde, abandonou o posto de xerife em Dodge City para se dedicar aos negócios da família. Ainda não sabemos tudo – nunca vamos saber tudo, aliás –, mas o importante a ser desta

No Tempo das Diligências (1939) – Filme do tempo, gênero do espaço

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Sem demora, de maneira estritamente objetiva, os protagonistas de alguns dos conflitos mais caros do cinema faroeste são introduzidos. Por trás dos créditos iniciais deste filme – os quais exibem o título   Stagecoach , antes do letreiro   Directed by John Ford   –, podemos avistar a diligência, a cavalaria e os índios, bem como a natureza desértica da terra que lhes pertence.  Em menos de dois minutos, os contornos destes corpos fotografados em preto e branco despertam no espectador a imagem e a lembrança de temas recorrentes do gênero cinematográfico, sejam históricos – fundamentados por pioneiros como D. W. Griffith e Thomas H. Ince, mas também pelo próprio John Ford ( O Cavalo de Ferro , 1924) – ou mitológicos – estabelecidos por figuras como William S. Hart e Tom Mix, mas também pelo longa-metragem que assistiremos.  Trata-se do clássico  No Tempo das Diligências  (1939), uma das obras que resgatou o prestígio dos filmes de faroeste no amanhecer da década de 1940. A partir da aber

#3 Canal Falando Cinema

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  Sobrenatural: A Porta Vermelha (2023), de Patrick Wilson, resgata a essência da franquia de horror do produtor James Wan para entregar um sólido drama de reconciliação entre pai e filho. O filme está disponível no catálogo da HBO Max. Inscreva-se no canal e siga os perfis do Falando Cinema nas redes sociais:  lnk.bio/FalandoCinema .

#2 Canal Falando Cinema

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  A Queda da Casa de Usher  é mais um ótimo exemplo de como o diretor Mike Flanagan lida com as diferentes assombrações do cinema de horror. Inscreva-se no canal e siga o Falando Cinema nas redes sociais:  lnk.bio/FalandoCinema .

#1 Canal Falando Cinema

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  O Falando Cinema está de volta em nova fase no YouTube e nas redes sociais. Inscreva-se no canal e siga os nossos outros perfis para não perder os próximos vídeos: lnk.bio/FalandoCinema .