Festival em Floripa mostra variedade no cinema de horror

A ilha de Santa Catarina vai sediar o primeiro festival internacional de cinema fantástico em Florianópolis. Segundo o curador do evento, Andrey Lehnemann, filmes estadunidenses não foram selecionados com o propósito de “mostrar a variedade do gênero nos outros países”. Nesta semana, o Floripa Que Horror exibirá um total de três longas e oito curtas-metragens gratuitamente no Centro Integrado de Cultura (CIC), entre os dias 15 e 18, sempre às 20h.

"Tendo paixão pelo gênero, eu quero que as pessoas vejam filmes bons e diferentes. Eu quis apostar na variedade e não focar no horror estadunidense, que também é bom, mas não era a minha principal intenção neste primeiro festival internacional", ressaltou Andrey.

Oni, realizado em São Paulo, está entre os curtas selecionados. (Imagem: Reprodução/Vimeo)

Para a sessão de abertura foi escolhido o espanhol Casa de Sudor y Lágrimas, da diretora Sonia Escolano, o qual aborda o tema do fanatismo religioso. "(O filme) tem uma pegada assustadora que não precisa ser explícita, diferente de filmes americanos como 'A Freira'", observou o curador.

O cinema de horror brasileiro terá um espaço de destaque na primeira edição do festival. Isso porque oito curtas-metragens de diferentes estados do país serão exibidos em uma mostra competitiva na sexta-feira (16). A sessão também homenageará o crítico de cinema Rubens Ewald Filho, que faleceu em maio deste ano.

No sábado (17), mais filme nacional. O evento promoverá a inédita exibição em Santa Catarina do longa-metragem A Mata Negra, dirigido por uma das referências centrais do cinema de horror brasileiro, Rodrigo Aragão. "Ele (Rodrigo) é o principal discípulo do José Mojica Marins (Zé do Caixão), e o próprio Mojica já falou isso", destacou Andrey.

O diretor agradeceu a presença de A Mata Negra no festival. (Imagem: Reprodução/Facebook)

O encerramento da primeira edição do Floripa Que Horror, no domingo (18), contará com a exibição do filme Lifechanger, dirigido pelo canadense Justin McConnel, bem como com a revelação do curta-metragem premiado na mostra competitiva.

De acordo com a organização, o festival será realizado nos próximos anos, com a intenção de trazer realizadores e produtores para "fazer de Florianópolis um ponto de encontro de público e discussão sobre novas plataformas de exibição".

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